A Maçonaria e a Independência dos Países Latino-Americanos
A comemoração, em 2.011, do bicentenário da Independência dos países da América Latina é uma oportunidade para rever a influência da Maçonaria no processo de independência latino-americana.
Em parte, a contribuição da Maçonaria ao advento de Estados independentes e republicanos se deveu à comunicação, àquela época, entre as Lojas, facilitando a troca de idéias e maneiras de fazer as coisas. Assim, os princípios fundamentais da Maçonaria são encontrados nos atos que instituíram países como o México, Venezuela e Cuba.
Entre os líderes e participantes dos processos de independência, encontramos os seguintes maçons:
* José de San Martin (independência da Argentina, Chile e Peru)
* Manuel Belgrano (independência da Argentina)
* Simón Bolivar (independência da Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Panamá)
* Francisco de Miranda (independência da Venezuela)
* Bernardo O'Higgins (independência do Chile)
* Antonio José de Sucre (independência do Equador e Peru)
* José Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim Gonçalves Ledo (independência do Brasil)
* Francisco de Paula Santander (independência da Colômbia)
Mesmo depois da independência, outros maçons lutaram pelo estabelecimento da república, como Benito Juarez, no México, Eloy Alfaro, no Equador, e José Martí, em Cuba.
Atualmente a Maçonaria na América Latina é muito ativa e enfrenta desafios próprios ao continente, como a integração latino-americana, e, especialmente, luta para melhorar a democracia, a justiça, o acesso à educação e ao trabalho, e o meio ambiente.
Apesar de haver um idioma comum à maioria dos países latino-americanos, a América Latina consiste em um mosaico de culturas e realidades sociais muito diferentes, tornando a missão da Maçonaria difícil, mas não impossível.
O Brasil é atualmente o país com o maior número de Lojas Maçônicas, e no Uruguai está a sede da Confederação da Maçonaria Interamericana, que reúne Potências regulares de todo o continente.